Descrição
O que parece nítido no orbe que esta coletânea enfecha é que o poeta Regis alcançou uma espécie de nirvana, um autocontrole zen contemplativo que lhe possibilita atribuir à natureza um simulacro de tela onde exercita o cultivo de um olhar complacente e atento ao claro-/escuro da vida exterior intrinsecamente mesclada aos movimentos do espírito. Esse patamar da vida o conduziu à percepção especular das minúcias do mundo natural que o cerca e cerca seus semelhantes, perfeitamente adaptáveis aos movimentos que percebe em si e lhe aplaca as águas do riacho que lhe corre pela alma sensível. Um poeta observador e reflexivo, largamente experimentado às agruras e alegrias do viver, tecendo ilações que projeta nos elementos da natureza. Um forte repasse ou apelo ao telúrico pródigo onde pontilham montanhas, árvores, aves, ventos e raios de luz que sempre iluminam (como numa redenção) qualquer obscuridade que possa atribular o espírito imanente ao verso.
Talvez os poemas deste concerto sejam a assertiva que responde à possível dúvida que os versos sugerem.
Aercio Flavio Consolin
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