Descrição
Tive o prazer de acompanhar tanto o crescimento acadêmico como os desdobramentos artístico-literários de Eliza Araújo, hoje professora universitária e poeta.
Neste livro que ora traz a público, que tem por base suas pesquisas de doutorado, Eliza costura as palavras revolução e arte, pelo viés da autoria negra nos Estados Unidos e no Brasil. Revisitar os movimentos político-artísticos cá e lá, na América do Sul e do Norte, potencializa seu olhar interseccional sobre a literatura de mulheres negras deste continente, colocando em diálogo experiências das literaturas afro-americanas (ou amefricanas) que dialogam em diversas frentes, ainda que produzidas em contextos diversos.
Como bem aponta Eliza, “um fazer literário-político não deixa de ser poético e de trazer para o texto a beleza da linguagem, da cultura e das tradições afro-diaspóricas, costurada nas histórias aqui contadas, carregadas de magia e emoção”.
Nesse sentido, Eliza segue bem acompanhada, de mãos dadas com Angelou, Morrison e Evaristo, três gigantes do campo literário deste continente. Além de se debruçar sobre a produção literárias dessas mulheres, Eliza preocupou-se em movimentar seu texto no tempo, voltar ao passado e retornar ao presente de quando em quando, a fim de tornar o conteúdo que desenvolve, e com o qual nos presenteia, extremamente claro e bem fundamentado.
Portanto, recomendo esse estudo sobre escrita revolucionária desenvolvido por Eliza como material a ser lido/estudado/degustado por pessoas interessadas na liberdade e revolução fomentadas por autoras negras através do fazer literário nessas Américas que habitamos. – Liane Schneider – Professora Titular de Literatura do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
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