Descrição
Ao tentar compreender a relação eu,tu,ele, na verdade, reencontrei o que venho compreendendo em muitos outros funcionamentos da linguagem: mesmo na ilusão de nossas certezas, vivemos o indistinto da linguagem, a incerteza dos sentidos e dos sujeitos, deparando-nos com o que ainda não tem nome, nem face; com o inacabado, o incompleto, o não exato, o múltiplo, o multiforme, o que é sujeito às mudanças. Que devem ser pensados em suas nuances, seus possíveis. Suas sutilezas. E nossa verdade é nosso empenho na conquista de sentidos, de palavras e formas de dizer o que era, ou nos parecia, indizível. Inventar. Conquistar espaços de significação, de interpretação. Formular, ou não, o que ainda não teve formulação. Compreender, ou não, o que era incompreensível: na constituição do sujeito, na relação com a alteridade, e as relações de proximidade, de distância, de separação, de mistura, de incompletude, de equívoco, entre eu, tu e ele.
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