Descrição
A ‘revolução’ antroponímica no Brasil dá os seus primeiros frutos (prenomes tipicamente brasileiros) entre 1925 e 1930 e tem o seu apogeu nas décadas de 1940 e de 1950. Segundo Soledade, tais prenomes inovadores podem funcionar como manifestações de rejeição da antroponímia judaico-cristã por parte da população afro-descendente, mas assim não será para a população não negra e não parda. Em todo o caso, a inovação antroponímica individualiza o português brasileiro face ao português europeu e ao português em uso no continente africano.
Muito importa ainda pesquisar no âmbito do sistema onomástico pessoal do Brasil, seja na herança de matriz lusitana, seja no tocante aos sistemas antroponímicos de brancos e de negros, mormente no período colonial, e no tocante à antroponímia dos cidadãos indígenas do Brasil, que continua largamente desconhecida.
Com este livro, que se afirma doravante como referência incontornável no domínio da antroponomástica do Brasil, um contributo relevante é dado para um conhecimento seguro, criterioso e fundamentado da onomástica e da história da antroponímia brasileiras. Aguardemos, pois, pelos reptos de investigação futura nele lançados!
Graça Rio-Torto
(U. de Coimbra, CELGA-ILTEC, Faculdade de Letras)
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