Descrição
“Cartografia” é palavra inspiradora, da mesma forma que “mapeamento”. Um mapa serve ao propósito da orientação, não só no espaço, mas também no tempo. Se considerarmos que, ao observar os primeiros mapas feitos de nosso planeta, veremos que eles são fechados. Não há neles espaço para mais nada, visto que as mentalidades, em cujo contexto eles surgiram, eram cosmovisões fechadas, ou seja, acreditava-se que tudo que havia para saber já era sabido, não havendo, portanto, necessidade de procurar por mais nada além do conhecido. Essa é a mentalidade antiga, tradicional. A modernidade inaugura um outro tipo de mapa, que é aquele em que aparecem vastas áreas do planeta em aberto, ainda por serem desenhadas. O presente volume surge, assim, como um mapa moderno que, mais do que trazer a exploração e descrição do que já é conhecido, impele para que nos debrucemos sobre aqueles locais indicados no “mapa” como ainda estando em aberto. Insta-nos, desse modo, a que envidemos esforços na exploração desses vazios, mediante a instituição e institucionalização de pesquisas e grupos de pesquisa que abarquem os vazios, as lacunas aqui apontadas.
Roberto Henrique Seidel (UNEB)
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