Descrição
A Filosofia da Linguagem é um ramo da Filosofia e, talvez, um dos mais difíceis dessa área. Não obstante reflexione sobre a linguagem, seu significado, as representações, as discussões técnicas, os sistemas lógicos, a multiplicidade de línguas, etc., poucos filósofos adentraram nas origens do falar humano, seu começo, olvidando que foi graças a essa extraordinária invenção que foi possível ao homem ser o que é hoje. A linguagem provocou no cérebro humano uma excisão, um duplo eu, ou seja, o sujeito e o objeto.
Antes de as palavras serem inventadas, o homosapiens tinha uma vivência só de imagens, à semelhança dos outros animais. Com a palavra, e a bifurgação de seu ego, dois mundos passaram a existir para o homem, seu eu pessoal, íntimo, e a intronização do que há fora dele, através da nominação dos entes da Natureza.
Desapareceria aquele homo sem palavras, com um “presente sem tempo”, “imediato”, uma mente volúvel, cheia apenas de imagens. Seu cérebro, agora com palavras nele gravadas (as imagens-sons, legendadas), aumentariam seu tamanho, estimulariam os neurôneos e as sinapses, permitindo a formação de um raciocínio verbalizado e afastando-se da animalidade a-verbal, -a-racional e ante-histórica.
Avaliações
Não há avaliações ainda.