Descrição
Maria Onice Payer e María Teresa Celada permitem instalar no debate acadêmico uma relação com o ensino de línguas que não seja da ordem didática, mas sim, diferença estruturante, da ordem do político e do simbólico, o que afeta, de modo consistente e consequente, o discurso pedagógico.
Ao organizarem o presente livro, reunindo análises sensíveis à produção dos sentidos que levam sempre em consideração o lugar do sujeito nesse processo, promovem a oportunidade de o leitor circular por trajetos que não desconsideram, em hipótese alguma, que estar em uma língua, em outra língua, entre línguas, no entremeio, significa, ne cessariamente, modos de subjetivação e de identificação do sujeito que enuncia. Ler, escrever, traduzir, dizer em uma ou outra língua, entre línguas, no entremeio implica, necessaria mente, nos modos de inscrição dos sujeitos que se movimentam entre estas diferentes práticas. Práticas e não técnicas. Diferença epistêmica e, portanto, política, fundamental. É o que aprendemos fortemente com as organizadoras e os autores que compõem esta belíssima e importante obra. Este livro é de grande interesse para estudiosos da linguagem, professores, graduandos e pós-graduandos das ciências sociais e humanas que procuram, em suas práticas, compreender o funcionamento da linguagem, desnaturalizando nossa relação com a língua/as línguas, procurando, de modo não disjuntivo, olhar para o político, o simbólico e o sujeito em suas práticas de linguagem.
Claudia Catellanos Pfeiffer
Avaliações
Não há avaliações ainda.