Descrição
Em Arte em Trânsito: Traduções Intermidiáticas no Cinema e na Pintura, o professor e pesquisador Acir Dias nos conduz por uma travessia estética e conceitual que entrelaça pintura e cinema como formas de linguagem que se desdobram, se traduzem e se recriam mutuamente. A partir da intermidialidade, entendida não como simples sobreposição de mídias, mas como espaço fértil de convergência simbólica, o autor delineia um campo em que a imagem se torna ponte entre o visível e o invisível, entre o passado e o presente, entre o efêmero e o eterno.
Cada capítulo opera como uma moldura em expansão: reconfigura gêneros, desafia fronteiras disciplinares e mergulha na complexidade das formas visuais na hipermodernidade — tempo de velocidade, fragmentação e excesso de estímulos. Amparado por autores como Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman e Gilles Lipovetsky, Acir Dias reflete sobre o lugar da arte em um mundo em constante deslocamento, no qual a memória e a sensibilidade se tornam territórios de resistência. De Bruegel a Van Gogh, de Sokurov a Béla Tarr, do rosto em close-up à paisagem pictórica em movimento, o livro investiga como a imagem cinematográfica pode se tornar pintura e como a pintura pode se tornar tempo — narração, silêncio, alegoria, presença. Através de análises precisas e profundamente sensíveis, o autor revela como essas mídias dialogam, tensionam-se e se ressignificam, construindo camadas de leitura que interpelam tanto o olhar quanto o pensamento. Arte em Trânsito não é apenas um livro sobre arte. É uma convocação para sentir e pensar com as imagens.
Uma obra de fôlego que oferece ao leitor, acadêmico ou amante da estética, uma cartografia das relações intermidiáticas em um mundo saturado de signos. Ao mesmo tempo erudito e poético, o texto afirma a potência do cinema e da pintura como espelhos da experiência humana na era da hipermodernidade — uma era em que olhar é também resistir.
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