Descrição
Este livro é produto de um projeto que tem como norte arquivos, no plural. E que pensa arquivo como necessidade histórica, social, cultural; prática vital para sobrevivência de qualquer sociedade. Como garantia de futuro, nos moldes de Derrida (2001). Como necessidade sobretudo em uma sociedade, como a nossa, que dispõe de tão poucos. Se o arquivo de uma época, conforme Guilhaumou, “nunca é descritível na sua totalidade, ele se dá a ler por fragmentos” (GUILHAUMOU, 2009, p. 124), a aposta que se faz aqui é do fragmento como entrada de leitura e reflexão – caminhos tecidos por verbetes de diversos pesquisadores que se aventuraram nesta outra prática de composição e circulação do conhecimento. Trata-se, por um lado, de assumir que o arquivo, nos moldes pêcheuxtianos, é sempre uma não totalidade; por outro lado, trata-se de reconhecer que o conhecimento se faz por redes. “Isolado, nenhum especialista nunca compreenderá nada senão pela metade, mesmo em seu próprio campo de estudos”, nos fala Le Goff (2001, p. 26).
Disto resulta a visada heterogênea – nos interesses, nas pesquisas, nas teorias, nas abordagens, nas formas de entrada nos arquivos, na escrita, na composição dos verbetes – aqui assumida. Sem pretensão de exaustividade ou de completude, e, também, não desejando estancar numa metade que se presume inteira.
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