Descrição
Ir além de limites disciplinares (e disciplinadores) é o que Fábio faz, pois seu pensamento transita entre os estudos da linguagem, sociologia, antropologia, filosofia, feminismos, estudos queer e estudos descoloniais com avidez e desenvoltura. (…) É patente a preocupação do autor com as vidas, especialmente aquelas obliteradas pela colonialidade do poder.
Isso se percebe na política de citação mobilizada por Fábio, que se mostra um autor que faz o que prega. (…) O potencial de crítica e intervenção da LA transviada proposta aqui se dá em diálogo sólido e profícuo com pensadores e pensadoras que atuam não só em diferentes campos, mas cujas vozes foram negligenciadas ou até mesmo apagadas, desconsideradas como conhecimento. São epistemologias de pessoas trans, dos povos originários, de mulheres negras que Fábio integra a sua forma de pensar e escrever. Rodrigo Borba (Professor Associado, UFRJ).
Sensível às intersecções e inter-relações que orbitam no entorno das relações de gêneros e sexualidades, a Linguística Aplicada Transviada proposta por Fábio neste livro toma em conta outros marcadores sociais da diferença, a exemplo da raça, da etnia, da classe e da geração. (…) O giro decolonial presente nesse trabalho importa não só porque sofistica e refina o olhar que intenta romper com as dicotomias e binarismos excludentes, (…) mas fundamentalmente porque está explicitamente implicado com os aspectos éticos e políticos que o cercam, rejeitando do ponto de vista teórico e metodológico a neutralidade axiológica da ciência ortodoxa típica da modernidade recôndita e mantenedora das relações coloniais espraiadas nos mais diversos espaços sociais e ainda tão presentes na academia brasileira. Marcela Zamboni (Professora Associada, UFPB)
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