Descrição
A rigor, ninguém jamais errou: nem pecados, nem enganos, nem fracassos. A natureza não falha, tampouco a língua: o erro é da dimensão do discurso e da ideologia; logo, o erro não é da ordem da descoberta, mas da atribuição. Mas se não há erro na língua, qual é a origem das ilusões, contradições, ambiguidades e de toda sorte de confusões e obstáculos ao projeto iluminista de aperfeiçoamento do saber? A errância.
Este texto apresenta a premissa de que não é o erro que está na gênese do mistério da linguagem, mas sim a errância, incorrigível. E se assim o for, é possível que a noção de “erro” tenha sido uma das mais graves ferramentas de sedentarização, controle, apoucamento e repressão do conhecimento.
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