Descrição
Uma clínica lacaniana para nossa época deveria ser capaz de inventar um novo destino para o gozo, não apenas um novo homem capaz de usufruí-lo. Este ponto reúne os meios e os fins da investigação aqui proposta por Maurício Maliska em torno da transformação do gozo sintomático em gozo produtivo. A experiência psicanalítica não deveria ser a apenas a procura de uma redução ascética ou da conformidade adaptada, mas a transformação do gozo de tal forma que este se mostre produtivo para a vida. […]
Por isso o giro do último Lacan, aqui examinado em detalhe e rigor, passando por quase-toda sua anatomia de gozo, […] com suas fronteiras discerníveis, gozo do sintoma, gozo fálico, gozo do Outro, gozo-sentido, mais-de-gozar, e em seu lugar surge o gozo do sinthome ou gozo da vida. Maurício captura com astúcia, neste ponto, que assim como o nome do simbólico no primeiro Lacan é morte, o verdadeiro nome do Real no último Lacan é vida. […]
É neste ponto que o texto que o leitor tem em mãos passa de uma excelente organização sobre a teoria do sintoma e do gozo em Lacan, com referências circunstanciadas e ótima inteligibilidade expositiva, para uma original distinção dos procedimentos clínicos implicados na noção de sinthoma. […]
Christian Ingo Lenz Dunker
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