Descrição
Nos últimos anos temos visto no Brasil um processo de mudanças trabalhistas e continuamos ouvindo considerações que remetem ao período final do século XIX, quando as discussões sobre a abolição da escravatura se intensificaram. Desde então, todas as melhorias nos mundos do trabalho são acompanhadas de frases como “o país vai quebrar” e “quem vai pagar por isso?”, dentre outras. Há 150 anos a abolição quebraria o país, já no século XX seria o salário mínimo, a proibição do trabalho infantil, o décimo terceiro salário etc. e, mais recentemente, o fim da escala de trabalho 6X1.
O Brasil é um dos países com maior concentração de renda e as elites parecem determinadas a continuar ostentando este título. Este livro ajuda a compreender um pouco da nossa história em pelo menos três frentes. A primeira se dá ao problematizar o início de tais conjecturas aterrorizantes, que visavam, e ainda visam, fazer os trabalhadores aceitarem a sujeição a eles imposta. A segunda, ao coloca-la em conexão com o panorama internacional de crescimento do capitalismo e inserção do país dentro da divisão internacional do trabalho, trazendo o posicionamento de cidadãos britânicos sobre o tema.
E, por fim, ao descortinar como interesses capitalistas se colocam acima de perspectivas humanitárias.
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