Descrição
É conhecido o apelo que as clínicas que levam em consideração a linguagem (fonoaudiologia, psicologia, psicanálise, entre outras) fazem aos estudos da linguagem em geral e à linguística em particular. Normalmente, os profissionais dessas áreas procuram algum esclarecimento a respeito de aspectos teóricos e metodológicos de abordagem da linguagem humana.
A fonoaudiologia é uma dessas áreas que toma para si a questão da linguagem como um interrogante, e que comporta uma clínica voltada aos distúrbios de linguagem.
No entanto, sabe-se que a linguística não é, tradicionalmente, um campo que tenha se dedicado a estudar os distúrbios de linguagem. Obviamente, há grandes linguistas que desenvolveram sólida reflexão acerca desse tipo de funcionamento da linguagem. O maior deles, sem dúvida, foi o russo Roman Jakobson com seus estudos sobre a afasia. No entanto, não se pode dizer, com tranquilidade, que as diferentes perspectivas de estudos da linguagem incluem o distúrbio em seus objetos de investigação.
Os estudos da linguagem que são neste livro convocados a comparecer são aqueles que têm um traço em comum: não desconhecem a importância da figura do falante. Nesse sentido, o leitor verá que há capítulos em que se recorre a Ferdinand de Saussure, a Mikhail Bakhtin, a Émile Benveniste, a Roman Jakobson, entre outros, porque, em todos há – mesmo que cada um a seu modo – consideração importante ao falante. Este livro é dedicado aos estudantes e pesquisadores das áreas da fonoaudiologia, da linguística, da psicologia, da psicanálise, da educação e afins que buscam refletir sobre as relações entre a linguística e a fonoaudiologia. Mais do que isso, o leitor verá que este livro foi escrito a quatro mãos, por um fonoaudiólogo e por um linguista, ambos comprometidos com o princípio de que é necessário falar no falante.
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