Descrição
Os textos da obra Educação, Gênero e Diversidade no Semiárido, centrou-se sobre o exercício da professoralidade na perspectiva da equidade e das diversidades, construídas a partir das narrativas (auto)biográficas, de abordagem qualitativa, com o objetivo de entender que a construção da narrativa, bem como sua leitura, reflexão e análise, abarcam potencialidades inerentes ao desenvolvimento pessoal e profissional. As escritas, alinhando-se ao processo de investigação da construção da identidade, das diversidades e do fazer de mulheres que vivem no Semiárido Baiano, apontam para a docência-pesquisa e para os desafios do tempo presente, através da experiência em gestos, para nos desafazermos do que somos e nos tornarmos outros/as.
Professora Doutora Carmélia Aparecida Silva Miranda
Produzir conhecimento a partir dos pressupostos teóricos metodológicos das ciências humanas no Semiárido Brasileiro, especialmente nos territórios mais afastados dos grandes centros urbanos, distantes das exposições artísticas culturais, museus, universidades conceituadas, tem se constituído um desafio permanente aos/às intelectuais que por opção nestes territórios permanecem. Tal fato pode ser atribuído ao processo de colonização por representantes da coroa portuguesa, que relegou ao semiárido, além dos problemas de ordem ambiental, a carência de ações públicas efetivas que visem a uma melhor convivência da população com essa região. Salientamos, portanto, que nossas escritas se constituem enquanto produção de ciência que tem por base as nossas vivências empíricas e epistêmicas, por meio das quais desvelamos e sistematizamos novas maneiras de convivência com o Semiárido, tanto no que se refere ao campo das objetividades, inerentes às questões climáticas e ambientais, como no campo das subjetivações humanas vinculadas às teorias identitárias, como gênero, raça, etnia, sexualidade, produção cultural, dentre outras. Ao publicizar nossas pesquisas, de alguma maneira estamos evidenciando as singularidades inerentes ao exercício de nossas professoralidades. Contudo, sinalizamos que entendemos tal exercício não tem sua finalidade último em sala aula, ao contrário faz da própria sala um espaço complexo, fazendo emergir novas pesquisas.
Professor Doutor Pedro Paulo Souza Rios
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